Os modelos e estratégias de Aprendizagem com base no Trabalho são cruciais para aumentar as oportunidades de emprego dos jovens e a competitividade das empresas no mercado global. De facto, os países Europeus têm vindo a reconhecer cada vez mais o papel das empresas enquanto contextos privilegiados para a formação inicial dos jovens trabalhadores, e a considerar os modelos de Aprendizagem com base no Trabalho como uma excelente estratégia para a identificação e o recrutamento de jovens trabalhadores qualificados. Como tal, é essencial que a Europa invista na transferência e implementação de modelos e estratégias de Aprendizagem com Base no Trabalho nos seus sistemas de Ensino e Formação Profissionais (EFP), promovendo assim uma oferta de alta qualidade e garantindo que os conhecimentos, competências e aptidões adquiridas durante o período de formação sejam relevantes para as necessidades do mercado de trabalho.
A Aprendizagem com base no Trabalho integra diferentes tipologias de formação e aprendizagem, incluindo o sistema de aprendizagem em regime de alternância e pode ser descrita como o processo de aquisição de conhecimentos e competências através da participação num contexto de formação que combine a formação numa entidade formadora com formação numa organização (COM (2016), 10.6.2016). Devido a estas características, a implementação do sistema de aprendizagem em regime de alternância requer o envolvimento ativo das diferentes partes interessadas, nomeadamente da área da EFP e do campo socioeconómico. Como tal, a interação, comunicação e cooperação entre estes atores é particularmente relevante para o sucesso e qualidade da aprendizagem em regime de alternância. Mais especificamente, deverá ser dado especial ênfase à cooperação e comunicação entre entidades EFP-empresas, garantindo a elevada qualidade das ofertas formativas e reduzindo assim as lacunas entre as competências desenvolvidas durante o processo formativo e as necessidades de competências do mercado de trabalho.